O Lupus é uma doença auto-imune, em que o sistema imune, que normalmente protege o nosso corpo, se vira contra si próprio e o ataca, provocando inflamação e alteração da função do sistema afectado.
A inflamação provoca dor, calor, vermelhidão (ou rubor) e inchaço (ou edema). O Lúpus é uma doença crónica que pode afectar pessoas de todas as idades, raças e sexo. Tendo, no entanto, nas mulher adultas o maior número de pacientes.
Não é uma doença contagiosa, infecciosa ou maligna, mas é uma doença crónica, não tem cura, podendo haver uma remissão que permita a paragem do tratamento por grandes períodos de tempo ou até para o resto da vida.
Não existe causa conhecida de Lupus e não existe cura para esta doença, embora alguns cientistas acreditem em bastantes indícios para as seguintes causas:
Genética - alguns cientistas acreditam numa predisposição genética à doença, mas ainda não se conhece os genes causadores, até porque apenas 10% dos pacientes são hereditários e só 5% de crianças de pais que tem Lupus desenvolvem a doença. Mas como 90% dos pacientes de Lúpus são mulheres em idade fértil, parece haver uma associação com o estrógeno, (um hormônio produzido pelas mulheres em seus anos reprodutivos) que se revelou, em experiências feitas com animais, ter um efeito acelerador na doença: fêmeas a que retiraram os ovários antes da puberdade, e que receberam altas doses de hormônio masculino, tiveram a doença menos intensa ao crontário das que receberam altas doses de estrógeno e tiveram a doença exacerbada.
Stress - o stress é comprovadamente um disparador da doença. Os cientistas confirmaram a possibilidade da adrenalina ou cortisona influenciarem o desenvolvimento da doença.
Luz Ultravioleta - exposição à luz solar. Cerca de 30 a 40% dos pacientes apresentam sensibilidade ao componente ultravioleta vindo da luz solar ou artificial, em função da alteração no DNA, estimulando a produção anormal de anticorpos contra ele. As células da pele (queratinócitos) quando expostas à luz ultravioleta actuam nos linfócitos que produzem anticorpos. A luz ultra-violeta dificulta a retirada dos imunocomplexos da circulação, que se podem depositar nalguns tecidos provocando inflamação.
Vírus - é possível que linfócitos B sejam infectados por vírus e provoquem a produção de anticorpos em pacientes susceptíveis.
Substâncias Químicas - alguns remédios como procainamida (para distúrbios do coração), hidrazida (para tuberculose), difenilhidantoína (para epilepsia), hidralazina (para pressão alta), podem produzir um conjunto de sintomas semelhante ao Lúpus em pacientes predispostos. Descobriu-se que os pacientes demoram mais para metabolizar essas drogas, bastando a suspensão do uso para a regressão dos sintomas.
O Lupus é uma doença crónica (para toda a vida), ainda que existam fases de remissão (em que a doença se encontre “adormecida”, i.e., inactiva) e fases de surto (em que a doença reactiva).
A doença pode afectar muitos órgãos e sistemas diferentes (daí a denominação sistémica) e podem existir formas muito diferentes da doença (i.e., os sintomas variam de doente para doente e até, no mesmo doente, de período para período).
O Lupus tem um amplo leque de gravidade, podendo ter complicações muito graves, que exigem atenção urgente. No entanto, as terapêuticas actuais permitem dar à maior parte dos doentes uma boa qualidade de vida.
A doença pode afectar muitos órgãos e sistemas diferentes (daí a denominação sistémica) e podem existir formas muito diferentes da doença (i.e., os sintomas variam de doente para doente e até, no mesmo doente, de período para período).
O Lupus tem um amplo leque de gravidade, podendo ter complicações muito graves, que exigem atenção urgente. No entanto, as terapêuticas actuais permitem dar à maior parte dos doentes uma boa qualidade de vida.
SINTOMAS:
São vários os sintomas do Lúpus podendo não estar presentes todos ao mesmo tempo, algumas pessoas apresentam apenas alguns deles.
No entanto só com um conjunto de quatro, no mínimo, se pode considerar doente de Lúpus:
Erupção na face sobre a zona do nariz e bochechas em forma de borboleta
Erupção lembrando a mordedura de um lobo (Lúpus discóide)
Sensibilidade aos raios solares (lesões após a exposição aos raios ultravioletas)
Erupções bucais e naso-faringeas
Queda de cabelo.
Fadiga
Dores de cabeça
Dores e inchaço nas articulações devido a inflamações articulares
Serosite (inflamação do revestimento do pulmão - pleura, e coração - pericárdio
Variações no sistema nervoso (psicoses ou depressões que vão de simples alterações de humor a estados convulsivos)
TRATAMENTOS EXISTENTES: Os medicamentos mais usados no tratamento do Lúpus têm dois objectivos básicos: reduzir a inflamação dos tecidos afetados, e inibir anormalidades do sistema imunológico consideradas responsáveis pela inflamção. Mas também são necessários outros remédios para o tratamento das complicações normalmente observadas na doença: contra a retenção de fluidos, contra a hipertensão, anticonvulsivos, e antibióticos. Os anti-inflamatórios aliviam os sintomas da inflamação responsáveis pela dor, febre, fadiga, artrite, ou pleurisia.
São utilizados dois tipos de anti-inflamatórios: os não-esteróides (salicilatos, tipo aspirina), e os corticosteróides.
A melhoria dos sintomas geralmente é notada após vários dias de tratamento. Na maioria dos doentes os anti-inflamatórios são os únicos medicamentos necessários para controlar a doença. Os sintomas do Lúpus respondem rapidamente ao tratamento com corticosteróides.
A forma de ministrar e de dosagem destes medicamentos depende das necessidades individuais de cada paciente devendo ser sempre feita pelo médico que o acompanha, de modo a serem mantidas as doses mais baixas possíveis e nunca ser interrompido subitamente o tratamento.
Há doentes com manifestações mais sérias, como a nefrite lúpica ou distúrbios neurológicos onde o tratamento com corticosteróides não resulta e é aplicada quimioterapia. Devido aos efeitos tóxicos associados a estas drogas, alguns dos quais muito sérios, é muito importante que seja conduzido apenas por médicos especialistas.
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